18 de agosto de 2013

Café preto

o sono me cala
a visão engessada
do branco do teto
turvo olhar desperto
o ultimo e o primeiro
deserto

o reflexo branco e frio
na superfície negra e quente
calada, é penetrante
esse mar, esse rio
de fumaça que invade
me cega os ouvidos
o tato confunde
o paladar seguido
pelo sabor amargo
que seduz o olfato

no fundo
todo teto branco
é refletido negro
no café
de todo mundo



Giovanni Venturini – 18/08/13 (alterado em 28/07/14)

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